Veja como foi a 1ª FLIN – Feira Literária Negra de Mairiporã

A Primeira Feira Literária Negra (FLIN) de Mairiporã ocorreu no último dia 29 de julho de 2023, das 09 às 18h, na Praça do Rosário, em comemoração à semana da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha. O evento aglutinou inúmeras atividades que provocaram a necessária reflexão sobre os enormes desafios ainda existentes, para a promoção de justiça e igualdade racial.

Os debates realizados no evento apresentaram dados alarmantes sobre o cenário de desigualdade de direitos e oportunidades observando a população Negra do Brasil e principalmente a importância de dedicarmos um olhar ainda mais atento às Mulheres Negras.

Dentre as atividades promovidas, tivemos mesas de debate sobre Mulher Negra, mídia e meios de comunicação, sobre o panorama da Mulher Negra na Literatura e também sobre racismo estrutural no Brasil, atividades que visam a formação de pensamento crítico e a mobilização de esforços pelas lutas de igualdade étnico racial no município.

Em paralelo, inúmeras editoras trouxeram importantes títulos de autores e autoras negras e participaram dos diálogos promovidos pela Feira Literária. E ainda, exposições e atividades artísticas poéticas e musicais, compuseram a potente programação da 1ª FLIN.

Resultados práticos já podem ser observados!

Em sua participação da feira literária, o prefeito Aladim – que visitou todos os estandes, adquiriu inúmeros títulos literários e ainda aprofundou diálogo sobre políticas públicas com importantes agentes presentes no evento – já apresentou um plano municipal para a implantação de ações educacionais em todas as unidades escolares de Mairiporã, que atendam às Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas com a finalidade de auxiliar no processo de reeducação e consequente mudança do quadro de desigualdades raciais e de conflitos nas relações raciais em nossa sociedade.

A primeira FLIN foi uma realização da Prefeitura de Mairiporã por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e contou com a correalização do COMPIR (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial).

            

 

Leia abaixo descritivo detalhado sobre o evento…

 

Primeira Feira Literária de Mairiporã apresenta diversos atividades artísticas em Comemoração ao dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e Tereza de Benguela

A Primeira Feira Literária Negra (FLIN) de Mairiporã ocorreu no último dia 29 de julho de 2023, das 09 às 18h, na Praça do Rosário, em comemoração à semana da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha. O evento aglutinou inúmeras atividades que dialogavam sobre os desafios existentes para a promoção de justiça e igualdade social para população Negra.

O show de abertura do evento foi realizado pelo Duo Gemini, grupo musical formado pela flautista Gabriela Fiorini e pelo clarinetista Kaique Iritsu. Apresentando repertório erudito, a dupla mesclou referências internacionais e nacionais no início da FLIN.

Na sequência, houve a mesa de debate sobre Mulher Negra e Mídia, mediada pela jornalista Dandara Fonseca, criadora de conteúdo, com a participação das jornalistas Rute Pina, do Universa UOL e Jéssica Moreira, produtora de televisão e diretora do veículo Nós, Mulheres da Periferia.

Logo após a discussão sobre o panorama da mídia brasileira e sua relação com o recorte de raça e gênero, ocorreu a entrega de Certificados da Oficina de Tranças Afro do Programa Mais Cultura. A arte-educadora Letícia Nascimento realizou a entrega de certificados para seus alunos e alunas, festejando a autoestima e beleza da mulher negra.

Depois dessa celebração, ocorreu o show de Viviane Onitán e maestro Inganga, que, por meio da contação de histórias acompanhada por Berimbau, trouxeram uma reflexão sobre ancestralidade e oralidade para a Praça do Rosário.

Posterior à essa apresentação, foi realizado o debate sobre Racismo Estrutural no Brasil com a professora e ativista Dalila Brito Rita, a psicóloga Gabriele das Neves Trivia e a advogada Ana Cristina dos Santos. O debate apresentou dados alarmantes sobre o cenário de desigualdade de direitos e oportunidades para a população Negra do Brasil e sobre a importância de dedicarmos olhar ainda mais atento às Mulheres Negras nesse contexto.

Encerrando a programação de debates, a mesa sobre Mulheres Negras e Literatura, mediada pela poeta e professora Arlete Mendes, contou com a participação de diversas autoras e coletivos para falar sobre a resistência da mulher negra no panorama literário. Dentre os participantes, Joaquim Maria Botelho, crítico literário, autor e biógrafo, relatou sobre a importância da obra de sua mãe, a escritora Ruth Guimarães e o impacto dela na literatura brasileira. O livro Narrativas de Liberdade, organizado pela Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, apresentou produção feita com o intuito de criar um espaço seguro de fala e escuta, com troca de conhecimento e acolhimento. Márcia Damasceno e Mércia Magalhães apresentaram também suas produções que dialogam com as questões legais e educacionais da presença de literatura afro-brasileira nas escolas. Por fim, a autora Sandra Cassimiro apresentou o livro Mulheres Negras, sim, reforçando a necessidade de uma agenda positiva para Mulheres Negras na escrita.

Para encerrar a mesa de debate sobre Literatura e Mulher Negra, Elide Nascimento e o coletivo Poetas do Tietê fizeram uma intervenção artística, misturando sarau à emocionante apresentação da música In The Jungle, trilha sonora do filme Rei Leão, emocionando os participantes do evento.

Após esse evento, ocorreu a homenagem às Mulheres Negras de Mairiporã, congratulando algumas das mulheres negras que fazem parte do movimento de reinvindicação por condições mais igualitárias para esse população no município.

O show do Grupo Sinergia, após as homenagens, trouxe repertório da Música Popular Brasileira focado em cantoras para dar continuidade aos festejos.

Como encerramento, a Bateria da Escola Caprichosos de Mairiporã trouxe o samba à Praça do Rosário.

Em paralelo à programação de mesas e rodas de conversa, ocorria a venda de livros relacionados à temática. Estiveram presentes a Editora Kitembo, Editora Aziza, a Livraria Anita Garibaldi, o Quilombhoje. Além dessas editoras e realizadores, o evento contou com a venda de livros das escritoras independentes Maria Vitória, Sandra Casimiro, Arlete Mendes e do coletivo Poetas do Tietê.

A artista local e arte-educadora Juliana Naju também participou do evento com exposição de suas obras inspiradas na vivência da mulher negra.

Resultados práticos já podem ser observados!

Em sua participação da feira literária, o prefeito Walid Ali hamid (Aladim) – que visitou todos os estandes, adquiriu inúmeros títulos literários e ainda aprofundou diálogo sobre políticas públicas com importantes agentes presentes no evento – já apresentou um plano municipal para a implantação de ações educacionais em todas as unidades escolares de Mairiporã, que atendam às Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas com a finalidade de auxiliar no processo de reeducação e consequente mudança do quadro de desigualdades raciais e de conflitos nas relações raciais em nossa sociedade.

A primeira FLIN foi uma realização da Prefeitura de Mairiporã por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e contou com a correalização do COMPIR (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial).